A alta tecnologia está em tudo que existe no seu computador.
Mostramos previamente o processo de construção de um processador.
Contudo, você já parou para pensar como é fabricada uma placa-mãe?
Hoje, vamos dar ênfase a este importante componente e exibir de forma
resumida os principais passos da manufatura da base do computador.
Antes de embarcar nessa jornada, confira um vídeo do site FutureLooks que mostra a fábrica da Gigabyte:
Projetando a placa
Antes de cogitar a aquisição de materiais, uma fabricante precisa
projetar a placa nos mínimos detalhes. Esse processo começa pela escolha
de uma plataforma (AMD ou Intel), passando pela definição do mercado-alvo (baixo, médio ou alto desempenho) até chegar à lista de componentes necessários.
Ampliar (Fonte da imagem: Reprodução/bit-tech)
Entretanto, antes de qualquer coisa, uma fabricante precisa ter uma
referência. A Gigabyte trabalha com a construção de placas-modelos.
Segundo reportagem da revista PCPlus,
a companhia atua em conjunto com a Intel. Portanto, outras marcas devem
aguardar até que o componente-padrão seja exibido pela fabricante do
processador e do chipset.
A base da placa
Primeiramente, uma placa precisa ter uma base sólida onde serão
adicionados os demais itens. Essa etapa, toda realizada por máquinas,
exige múltiplas fibras de vidro, as quais serão agrupadas para formar
uma folha resistente desse material. Uma vez feito isso, resina epóxi
(um plástico) é aplicada sobre o material.
Em seguida, a placa ainda não identificada vai para o forno para que a
resina grude na folha de fibra de vidro. Aqui, obtemos um material
chamado prepreg. Agora, basta agrupar diversas folhas de prepreg para
formar uma folha laminada com a espessura desejada. Por fim, cobre é
aplicado nos dois lados do laminado para que a resina seja fixada.
(Fonte da imagem: Reprodução/TechRadar)
Aqui acaba a primeira etapa. A junção de múltiplas camadas dessas
folhas laminadas resulta na construção da placa — que será usada para o
circuito impresso —, a qual tem aproximadamente 1,6 mm. A fibra de vidro
utilizada na construção da placa-mãe é rígida o suficiente para
oferecer resistência e suporte para outras peças. O cobre adicionado
garante a condutividade elétrica adequada e mantém os componentes em
temperaturas aceitáveis.
Circuito impresso
Uma vez construída a placa-base, as máquinas são programadas para
inserir o circuito ela. Um material foto-resistivo é adicionado aos dois
lados da placa banhada em cobre. O desenho do circuito é posicionado
sobre a lâmina de cobre e será devidamente aplicado quando exposto à luz
ultravioleta.
Ampliar (Fonte da imagem: Reprodução/iXBT Labs)
As partes que não fazem parte do circuito impresso serão eliminadas
quando a placa for imersa em uma solução química. Depois disso, o
componente passa por mais algumas etapas para que seu desenho seja
finalizado. Claro, este processo é válido apenas para uma das camadas da
placa, portanto, todas as etapas serão repetidas nas demais camadas.
É hora de furar a placa!
Agora que o desenho está pronto, máquinas vão criar os buracos para
que a placa atenda ao padrão ATX. Portanto, em um primeiro momento,
alguns furos serão adicionados para que a placa-mãe possa ser fixada no
chassi do gabinete. Abaixo, você confere a captura que o site bit-tech fez de uma placa devidamente furada.
Ampliar (Fonte da imagem: Reprodução/bit-tech)
Depois, a peça será furada em diversos locais para que os componentes
possam ser soldados posteriormente. Por fim, pequenos buracos vão
formar as vias que permitirão o contato entre as múltiplas camadas de
cobre.
Como informa o site TechRadar,
esse processo de furação pode ser demorado e muito caro, visto que cada
placa recebe diversos furos de diferentes tamanhos. Por essa razão, as
fabricantes costumam programar as máquinas para furar múltiplas placas
simultaneamente.
Teste e solda
Depois de todas as etapas supracitadas, as máquinas são programadas
para verificar se as rotas desenhadas e os furos realizados estão
corretos. Uma análise comprova se a eletricidade está passando pelos
caminhos, possibilitando que a placa prossiga para a etapa de soldagem.
(Fonte da imagem: Reprodução/TechRadar)
Primeiramente, as superfícies de montagem são fixadas com solda. Em
seguida, todos os componentes eletrônicos são adicionados à placa. A
solda utilizada é suficiente para manter as peças no lugar, mas elas não
estão devidamente presas à peça. Assim, uma segunda solda é realizada
em um forno que é aquecido a 200 ºC.
Ampliar (Fonte da imagem: Reprodução/bit-tech)
Como mostrado pelo site bit-tech,
somente no fim do processo é necessária a mão de obra humana. Um grande
número de empregados insere manualmente os soquetes de processador, de
memória e de placas adicionais. Essas peças são apenas encaixadas nos
buracos, sendo que outra máquina vai realizar a soldagem.
Embrulhando
A placa está pronta! Agora, algumas máquinas testam se o produto está
funcionando. Processador, memória, placas adicionais, cabos, HDs e
outros itens são conectados a ela. Para garantir que não há quaisquer
problemas ocultos, alguns softwares executam testes básicos nos
circuitos.
Ampliar (Fonte da imagem: Reprodução/bit-tech)
Caso a placa apresente resultados normais e atenda aos padrões da
fabricante, então, ela poderá ser embalada e distribuída. Claro, antes
de o componente ganhar uma caixa, funcionários separam os cabos, manuais
e outros itens que acompanharão o produto.
Ampliar (Fonte da imagem: Reprodução/bit-tech) | Ampliar (Fonte da imagem: Reprodução/bit-tech) |
Todo o processo supracitado é o que acontece na fábrica da Gigabyte.
Podem existir pequenas diferenças entre os procedimentos dessa empresa e
os de outras companhias do setor, mas no geral as placas não têm tantas
diferenças. Só para constar, a fabricação de uma placa de vídeo não é
muito diferente, sendo que as principais diferenças estão no design e na
adição da GPU. Você já conhecia o processo de construção de uma
placa-mãe?
Fonte: Tecmundo.com.br
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